sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Chuviscos
Sacudia a cabeça com
Os olhos em lágrimas.
Pensei: agora sei que a
Chuva vem de tristezas.
(VFM)
Os olhos em lágrimas.
Pensei: agora sei que a
Chuva vem de tristezas.
(VFM)
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
NANOCONTO
Procissão
As nuvens seguiam o funeral do sol morto, iam algumas como carpideiras, armando um temporal.
As nuvens seguiam o funeral do sol morto, iam algumas como carpideiras, armando um temporal.
(VFM)
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Fábula
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Poema Ressequido
Para a Poesia ser dura e seca
Não precisa ser de versos agrestes,
Basta ter a poética o tédio inquebrantável
Dos teus gestos e a monotonia
Que te alaga ao redescobrir
A luz dos meus sonhos.
(VFM)
Não precisa ser de versos agrestes,
Basta ter a poética o tédio inquebrantável
Dos teus gestos e a monotonia
Que te alaga ao redescobrir
A luz dos meus sonhos.
(VFM)
domingo, 18 de dezembro de 2011
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
MINICONTO
Notícia
Junto com a folha de um jornal já lido, a chuva levava a árvore da nossa união.
(vfm)
Junto com a folha de um jornal já lido, a chuva levava a árvore da nossa união.
(vfm)
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
FINIS ORBI
Mas talvez quem sabe
O mundo se acabe
Em temporal de flores.
Mas talvez quem sabe
Sobre nós desabe
Todos os nossos amores.
(VFM)
O mundo se acabe
Em temporal de flores.
Mas talvez quem sabe
Sobre nós desabe
Todos os nossos amores.
(VFM)
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Eu quero amar-te como as aves
Eu quero amar-te como as aves,
Que vivem de sonhos intensos,
Têm nas asas as mágoas breves,
Suas lágrimas caem bem leves
e suas penas servem de lenços.
Eu quero amar-te como as aves,
Pois quando amam cantam graves.
(VFM)
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
CONVITE - LEITURA DRAMÁTICA
Caríssimos visitantes-amigos do blog. Abaixo o convite da minha apresentação nos Sesc's de BH. Vou fazer uma leitura dramática da peça Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues. A primeira apresentação é amanhã (7), às 20h30, no Sesc Palladium. Entrada Gratuita. Todos estão convidados.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
O Meu Amor
Cuido da figura do meu amor,
Deixo-a no frescor da janela
Para quando o sol vier se pôr
Eu possa me pôr junto dela.
Caso a lua vier a te invejar
E for te molhar de quimeras,
Eu colocarei o sonho no mar
E te afogarei de primaveras.
(VFM)
Deixo-a no frescor da janela
Para quando o sol vier se pôr
Eu possa me pôr junto dela.
Caso a lua vier a te invejar
E for te molhar de quimeras,
Eu colocarei o sonho no mar
E te afogarei de primaveras.
(VFM)
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Avança a Aurora
Amém! Avança a aurora!
Contam-se ave-marias,
O segredo da nossa hora
São doze asas vadias.
Promíscuo é o tempo;
Rapariga se chama Vida,
Qual é nosso momento?
Arriscar é a nossa saída.
Contam-se ave-marias,
O segredo da nossa hora
São doze asas vadias.
Promíscuo é o tempo;
Rapariga se chama Vida,
Qual é nosso momento?
Arriscar é a nossa saída.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Cuidava das lágrimas no seio pluvial dos olhos
Cuidava das lágrimas no seio pluvial dos olhos.
Medicava o silêncio cobrindo de nuvens a lembrança do espelho morto,
Que ainda, maduro, refletia as dores do seu rosto.
Para cada gota um sintoma derramado na ventania.
No azulejo das mãos a sombra do pranto transparecia
a sede opaca.
E antes de fechar em trevas o olhar do infinito, deixo a
Lágrima mais doente, curvada na sua mortalidade ácida,
Atravessar a íntima fatuidade do teu destino.
(VFM)
Medicava o silêncio cobrindo de nuvens a lembrança do espelho morto,
Que ainda, maduro, refletia as dores do seu rosto.
Para cada gota um sintoma derramado na ventania.
No azulejo das mãos a sombra do pranto transparecia
a sede opaca.
E antes de fechar em trevas o olhar do infinito, deixo a
Lágrima mais doente, curvada na sua mortalidade ácida,
Atravessar a íntima fatuidade do teu destino.
(VFM)
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
A Concha
A respiração do mar…
O azul que em si flutua…
Nos seus frisos, uma maresia alada.
E assim, ela guarda as ondas côncavas,
Como um amor mineral.
O azul que em si flutua…
Nos seus frisos, uma maresia alada.
E assim, ela guarda as ondas côncavas,
Como um amor mineral.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
O QUARTO
Na alcova do teu corpo
Você vive iluminada.
Eu chego morno,
As vestes escancaradas.
Cubro-me com o lenço da tua boca,
Deito palavras na papoula do seu sexo,
E antes de mais nada,
Apaguemos a luz!
Deixemos o caos em nossas mãos, entreabertas.
(VFM)
Você vive iluminada.
Eu chego morno,
As vestes escancaradas.
Cubro-me com o lenço da tua boca,
Deito palavras na papoula do seu sexo,
E antes de mais nada,
Apaguemos a luz!
Deixemos o caos em nossas mãos, entreabertas.
(VFM)
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Versificado
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Périplo
Tudo estava tão céu para a caminhada dos pássaros,
Que as árvores eram escuridão inóspita.
As penas que caíam, semanas a fio, assobiavam
Ternas palavras de paciência.
Tudo estava tão céu para a caminhada dos pássaros,
Que todo voo, ao avançar no desencontro do vento,
Punha uma legenda no ar.
(VFM)
Que as árvores eram escuridão inóspita.
As penas que caíam, semanas a fio, assobiavam
Ternas palavras de paciência.
Tudo estava tão céu para a caminhada dos pássaros,
Que todo voo, ao avançar no desencontro do vento,
Punha uma legenda no ar.
(VFM)
terça-feira, 8 de novembro de 2011
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
TEMPO
Meu relógio morreu!
E agora, Tempo?
Para onde vamos?
“O destino é teu,
Cada um é seu
Nostradamus”.
(VFM)
E agora, Tempo?
Para onde vamos?
“O destino é teu,
Cada um é seu
Nostradamus”.
(VFM)
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Sadomasoquista
Quero o chicote da tua língua sobre meu ventre,
Quero o soco dos teus lábios no meu sexo quente,
Quero acordar com laivos da tua saliva e me lembrar,
Com dores, que ontem você esteve aqui presente.
O teu perfume me agride, me deixa dormente.
(VFM)
Quero o soco dos teus lábios no meu sexo quente,
Quero acordar com laivos da tua saliva e me lembrar,
Com dores, que ontem você esteve aqui presente.
O teu perfume me agride, me deixa dormente.
(VFM)
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Incêndios
E se meu destino for crepitar nas angústias
Quero que ele vista luto, e o amor venha de negro,
Pois é entre chamas que quero morrer em ti.
(VFM)
Quero que ele vista luto, e o amor venha de negro,
Pois é entre chamas que quero morrer em ti.
(VFM)
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Consideração do Poema
Personalidades leem poemas de Drummond. Em comemoração dos seus 109 anos, caso estivesse ainda entre nós.
Consideração do Poema from mira filmes on Vimeo.
Salva-vidas
A bordo do Poema
Os marujos versos
Navegam.
O Poeta segue nas
Ondas das páginas,
Afogando
Sua inspiração
Nas espumas do
Papel.
O Leitor joga
A âncora dos dedos
E o bote dos olhos
Para salvar
A Poesia.
Os marujos versos
Navegam.
O Poeta segue nas
Ondas das páginas,
Afogando
Sua inspiração
Nas espumas do
Papel.
O Leitor joga
A âncora dos dedos
E o bote dos olhos
Para salvar
A Poesia.
(VFM)
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
MICROCONTO
Visita
O Destino bateu a sua porta, viu pelo olho mágico. Não abriu, pois ele estava mal vestido.
O Destino bateu a sua porta, viu pelo olho mágico. Não abriu, pois ele estava mal vestido.
(VFM)
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
NANICONTO
Atleta
Após a medalha de ouro no Panamericano, ela voltou para seu país e recebeu um home-ménage.
Após a medalha de ouro no Panamericano, ela voltou para seu país e recebeu um home-ménage.
(VFM)
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
terça-feira, 18 de outubro de 2011
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
domingo, 16 de outubro de 2011
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Crônica no Tribuna Lagoana
O rio
O rio estende suas veias para sangrar no mar.
Quando criança, lembro que me esquivava das águas, arisco, como um gato. Meus banhos podiam ser feitos do orvalho. No máximo! Com o tempo, um pouco na marra, aprendi a amar estes mergulhos. Hoje, olho demoradamente para as águas. Muito influenciado pelo rio da minha cidade.
Os rios, para mim, caminham tortos por estarem empanturrados de água, bêbados. Mas, mesmo em movimento, eles não tropeçam em musgos ou escorregam em pedras. Eles se colocam em curvas para dar mais corpo à natureza. Os rios não correm em solidão, levam, ‘comtudo’, memórias do chão. Quanto eles já carregaram das minhas iscas – lágrimas - de amores, que vêm e vão; das bolas de futebol jogadas além dos portões; do meu corpo, a boiar, a se cansar, no seu trajeto, pelas suas mãos.
O caso dos rios não é se eles são fundos ou rasos; porém, por andarem aos trancos, como um princípio de sonho, eles te levam a ver o mundo, e você é guiado pela imaginação. Sempre quis saber onde eles nascem; a demora para sua fecundação, e, se morrem, para qual céu vão. Nasceriam das cachoeiras mal dormidas? Ou, quem sabe, das águas campeãs? E por que tanto correm? Seria atrás de uma saudade sem fim?
Que seja!
Os rios gorjeiam nas cachoeiras para ter a liberdade das aves. Já carregam o farfalhar da revoada, voando em gotículas. Eles enfeitam as cidades com seu barulho orquestrado. De longe, ouvimos o cantarolar e rebuliço das águas, às vezes, calmas, noutras, assustadas.
Na verdade, convenhamos, os rios gostam de dar nome as flores, as quais brotam com a sua presença. Ah! Claro! Não podemos nos esquecer da grande paixão dos rios: a chuva! Ela bem que contribui para dar mais ânimo aos passos das águas, que vão ao sabor do destino e dos desvãos. Penso que a chuva vive a cortejar os rios, numa mensagem erótica, estendendo-os de gozos. E quando brigam coloca-nos em secas a amargurar a situação.
Os rios também são ótimos contadores de histórias. Deve ser por isso que estão sempre a murmurar fábulas, a nos molhar de poesia, romanceando em nossos ouvidos. Os rios já viram de tudo! Todo tipo de confusão.
Os rios vivem de amores. As canoas que alisam o seu leito num cafuné; As crianças que cirandam no teu corpo, num afago... Todo rio quando o vejo, dele me despeço. O rio vaga. À vezes vai marchando o destino. Às vezes monta a aventura da vida. Os rios vão e vão... Escrevendo-me de saudades.
O rio da minha cidade, tipicamente mineiro, que a divide cirurgicamente, põe-lhe a costura de mais vida. Segue ele sem se despedir? Acho que não. O rio da minha cidade carrega no nome o cocar tupi-guarani: “Lugar onde peixe para”. Rio Piracicaba! Como fez minha felicidade nas pescarias, no banho do meu olhar. Ele sempre me ofertou com toda sua riqueza.
O rio da minha cidade brincou com minha infância. Rabiscou os meus dias de lembranças. Jogou bola com meus erros. Pôs espuma na minha memória.
Agora, eu o levo comigo, mesmo à distância, a banhar todo o meu ser. O rio da minha cidade é um peixe em mim.
O rio estende suas veias para sangrar no mar.
Quando criança, lembro que me esquivava das águas, arisco, como um gato. Meus banhos podiam ser feitos do orvalho. No máximo! Com o tempo, um pouco na marra, aprendi a amar estes mergulhos. Hoje, olho demoradamente para as águas. Muito influenciado pelo rio da minha cidade.
Os rios, para mim, caminham tortos por estarem empanturrados de água, bêbados. Mas, mesmo em movimento, eles não tropeçam em musgos ou escorregam em pedras. Eles se colocam em curvas para dar mais corpo à natureza. Os rios não correm em solidão, levam, ‘comtudo’, memórias do chão. Quanto eles já carregaram das minhas iscas – lágrimas - de amores, que vêm e vão; das bolas de futebol jogadas além dos portões; do meu corpo, a boiar, a se cansar, no seu trajeto, pelas suas mãos.
O caso dos rios não é se eles são fundos ou rasos; porém, por andarem aos trancos, como um princípio de sonho, eles te levam a ver o mundo, e você é guiado pela imaginação. Sempre quis saber onde eles nascem; a demora para sua fecundação, e, se morrem, para qual céu vão. Nasceriam das cachoeiras mal dormidas? Ou, quem sabe, das águas campeãs? E por que tanto correm? Seria atrás de uma saudade sem fim?
Que seja!
Os rios gorjeiam nas cachoeiras para ter a liberdade das aves. Já carregam o farfalhar da revoada, voando em gotículas. Eles enfeitam as cidades com seu barulho orquestrado. De longe, ouvimos o cantarolar e rebuliço das águas, às vezes, calmas, noutras, assustadas.
Na verdade, convenhamos, os rios gostam de dar nome as flores, as quais brotam com a sua presença. Ah! Claro! Não podemos nos esquecer da grande paixão dos rios: a chuva! Ela bem que contribui para dar mais ânimo aos passos das águas, que vão ao sabor do destino e dos desvãos. Penso que a chuva vive a cortejar os rios, numa mensagem erótica, estendendo-os de gozos. E quando brigam coloca-nos em secas a amargurar a situação.
Os rios também são ótimos contadores de histórias. Deve ser por isso que estão sempre a murmurar fábulas, a nos molhar de poesia, romanceando em nossos ouvidos. Os rios já viram de tudo! Todo tipo de confusão.
Os rios vivem de amores. As canoas que alisam o seu leito num cafuné; As crianças que cirandam no teu corpo, num afago... Todo rio quando o vejo, dele me despeço. O rio vaga. À vezes vai marchando o destino. Às vezes monta a aventura da vida. Os rios vão e vão... Escrevendo-me de saudades.
O rio da minha cidade, tipicamente mineiro, que a divide cirurgicamente, põe-lhe a costura de mais vida. Segue ele sem se despedir? Acho que não. O rio da minha cidade carrega no nome o cocar tupi-guarani: “Lugar onde peixe para”. Rio Piracicaba! Como fez minha felicidade nas pescarias, no banho do meu olhar. Ele sempre me ofertou com toda sua riqueza.
O rio da minha cidade brincou com minha infância. Rabiscou os meus dias de lembranças. Jogou bola com meus erros. Pôs espuma na minha memória.
Agora, eu o levo comigo, mesmo à distância, a banhar todo o meu ser. O rio da minha cidade é um peixe em mim.
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Funeral
A poesia morta dos mortos.
Versos amarelecidos,
Fotos dos esquecidos,
Corpos presos em portos
De fria e pátina lembrança.
Refúgio das dores,
Emboloradas flores,
O sono do velho e da criança
Avultam em forma lapidar.
Uns tristes morreram,
Outros mal entenderam
O vago vestígio de amar.
Restou na verdade
Cruzes na cidade
Almas que são o mar.
(VFM)
Versos amarelecidos,
Fotos dos esquecidos,
Corpos presos em portos
De fria e pátina lembrança.
Refúgio das dores,
Emboloradas flores,
O sono do velho e da criança
Avultam em forma lapidar.
Uns tristes morreram,
Outros mal entenderam
O vago vestígio de amar.
Restou na verdade
Cruzes na cidade
Almas que são o mar.
(VFM)
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Madrugada
Era tão tarde...
A lua já se largava, preguiçosa, no céu;
As estrelas, peraltas, bagunçavam os negros cabelos da noite;
... E o teu olhar, revolto,
Feria a hora com sua madrugada.
(vfm)
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Para um amor maduro
Que fome! Vontade de morder teu fruto e sentir todo o teu sumo envolvendo minha boca numa alegria estranha, como se teu gosto fosse um verde constante, e a árvore do teu corpo pudesse eu sempre e eternamente descascar.
(VFM)
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Silêncio
O silêncio sempre me foi dado para nunca respondê-lo.
Com o tempo, a calmaria, meu bem, foi algo doce,
Que contigo, entre os teus lábios, um pólen de paz
Me forneceu sorrindo. Hoje eu vivo de amor
A ouvir a música de um interminável rio.
Secretamente, o Silêncio que se deita comigo
É uma onda que começa, sem rumo,
Da garganta e, quando bate, não machuca,
É como uma lágrima, furtiva, se acudindo,
Que nem sequer alcança a haste do meu ouvido.
(VFM)
Com o tempo, a calmaria, meu bem, foi algo doce,
Que contigo, entre os teus lábios, um pólen de paz
Me forneceu sorrindo. Hoje eu vivo de amor
A ouvir a música de um interminável rio.
Secretamente, o Silêncio que se deita comigo
É uma onda que começa, sem rumo,
Da garganta e, quando bate, não machuca,
É como uma lágrima, furtiva, se acudindo,
Que nem sequer alcança a haste do meu ouvido.
(VFM)
terça-feira, 6 de setembro de 2011
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Continho
Chuvisco
- Você está triste, meu neto?
- É, vô, estou aqui a gastar lágrimas.
- Calma, economize-as. Deixe a chuva em ti sussurrar.
(VFM)
- Você está triste, meu neto?
- É, vô, estou aqui a gastar lágrimas.
- Calma, economize-as. Deixe a chuva em ti sussurrar.
(VFM)
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Quadra 3
Quero lágrimas de sangue
Quero cuspir no coração
Meu amor tem cheiro de mangue
A minha flor é a solidão.
Quero cuspir no coração
Meu amor tem cheiro de mangue
A minha flor é a solidão.
(VFM)
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Poema-Charge
O Mosquito
O mosquito,
Que esquisito!
É um chato.
Ah! Eu mato!
O mosquito
É surdo
(ou curdo)
De tanto
Ouvir pito.
(VFM)
O mosquito,
Que esquisito!
É um chato.
Ah! Eu mato!
O mosquito
É surdo
(ou curdo)
De tanto
Ouvir pito.
(VFM)
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
MICROCRÔNICA MINEIRA
Afonso tem Pena de Augusto de Lima que foi traído por Lourdes com senhor Andradas entre as folhas das Mangabeiras.
(vfm)
terça-feira, 23 de agosto de 2011
NANICONTO
Picadeiro
Nosso amor vive na corda bamba. Nosso coração dança no trapézio, sem rede.
(VFM)
Nosso amor vive na corda bamba. Nosso coração dança no trapézio, sem rede.
(VFM)
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Quadra 2
Quero passar meu último poente
Contemplando-te poeticamente.
Entardecer no teu corpo fúlgido
E me ver a noite todo em ti, úmido.
(VFM)
Contemplando-te poeticamente.
Entardecer no teu corpo fúlgido
E me ver a noite todo em ti, úmido.
(VFM)
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Doce Orgasmo
me seja
me veja
arqueja
teu sexo
cereja.
a rubra
fruta
vagina
menina
lábios
de mel
melada
boca
minha
com o
sumo
aprumo
teu.
me veja
arqueja
teu sexo
cereja.
a rubra
fruta
vagina
menina
lábios
de mel
melada
boca
minha
com o
sumo
aprumo
teu.
(VFM)
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
GULP
O curta - Gulp é o maior vídeo em stop-motion do mundo. Grande parte do cenário é feito por meio de desenhos na areia. Bacana!
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Continho
Homicídio
Acusado por atropelar verbos, substantivos, adjetivos e orações com intenção gramatical dolosa.
Acusado por atropelar verbos, substantivos, adjetivos e orações com intenção gramatical dolosa.
(VFM)
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
terça-feira, 2 de agosto de 2011
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
sexta-feira, 29 de julho de 2011
terça-feira, 26 de julho de 2011
NANICONTO
Convite
- Aceita dançar?
- Nossa! Será? Não calcei meu lábios.
- Tudo bem! Deixe os passos do beijo te levar.
(vfm)
- Aceita dançar?
- Nossa! Será? Não calcei meu lábios.
- Tudo bem! Deixe os passos do beijo te levar.
(vfm)
segunda-feira, 25 de julho de 2011
sexta-feira, 22 de julho de 2011
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Capoeira
Os olhos ziguezagueiam de emoção,
Peraltas retinas de admiração,
O golpe de Cupido
Sobre o empedernido marmanjão.
A rasteira do próprio coração.
O chute não foi doído,
Mas incitou-lhe a sensação.
O seu adversário? A Paixão.
(VFM)
Peraltas retinas de admiração,
O golpe de Cupido
Sobre o empedernido marmanjão.
A rasteira do próprio coração.
O chute não foi doído,
Mas incitou-lhe a sensação.
O seu adversário? A Paixão.
(VFM)
quarta-feira, 20 de julho de 2011
terça-feira, 19 de julho de 2011
Fraseado
segunda-feira, 18 de julho de 2011
sexta-feira, 15 de julho de 2011
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Tu, meu sonho
Meu olhar beijava o seu rastro lento
Como se dela restasse
Ainda uma luz no vento.
E, ao final, no céu do meu sonho,
Onde os olhos da esperança ponho
Aparece o teu rosto vivo na aurora
Mas tu, como todo sonho, se evapora.
(VFM)
Como se dela restasse
Ainda uma luz no vento.
E, ao final, no céu do meu sonho,
Onde os olhos da esperança ponho
Aparece o teu rosto vivo na aurora
Mas tu, como todo sonho, se evapora.
(VFM)
quinta-feira, 7 de julho de 2011
quarta-feira, 6 de julho de 2011
MICROCONTO
Orvalhada
- Não vai ficar com Sereno, hein?!
- Ah! Mãe, já estou toda molhada desse homem.
(VFM)
- Não vai ficar com Sereno, hein?!
- Ah! Mãe, já estou toda molhada desse homem.
(VFM)
sexta-feira, 1 de julho de 2011
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Continho
Inspirado em Mia Couto
Aprendiz
- Pai, me ensina a sonhar?
- Não posso. Mas tenho um conselho pra ti.
- Qual?
- Ponha a alma no varal dos olhos para ventilar.
Aprendiz
- Pai, me ensina a sonhar?
- Não posso. Mas tenho um conselho pra ti.
- Qual?
- Ponha a alma no varal dos olhos para ventilar.
(VFM)
quarta-feira, 29 de junho de 2011
terça-feira, 28 de junho de 2011
segunda-feira, 27 de junho de 2011
quarta-feira, 22 de junho de 2011
segunda-feira, 20 de junho de 2011
quarta-feira, 15 de junho de 2011
terça-feira, 14 de junho de 2011
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Espantapájaros
Uma animação sutil inspirada no texto de Oliverio Girondo.
Еspаntаpájаros (2011) from Blanca Esteve on Vimeo.
sábado, 11 de junho de 2011
quarta-feira, 8 de junho de 2011
terça-feira, 7 de junho de 2011
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Quase uma canção
O teu afago eu despacho,
Cansei de ser capacho
Do teu bem querer.
O teu abraço eu desato,
Agora nosso laço
É a gente se esquecer.
(vfm)
sexta-feira, 3 de junho de 2011
quinta-feira, 2 de junho de 2011
terça-feira, 31 de maio de 2011
segunda-feira, 30 de maio de 2011
sexta-feira, 27 de maio de 2011
quinta-feira, 26 de maio de 2011
quarta-feira, 25 de maio de 2011
terça-feira, 24 de maio de 2011
segunda-feira, 23 de maio de 2011
sexta-feira, 20 de maio de 2011
quinta-feira, 19 de maio de 2011
quarta-feira, 18 de maio de 2011
terça-feira, 17 de maio de 2011
NANICONTO
O banquete
As estrelas foram comidas pela noite. A Lua estava lá, empanturrada, cheia.
(VFM)
As estrelas foram comidas pela noite. A Lua estava lá, empanturrada, cheia.
(VFM)
segunda-feira, 16 de maio de 2011
sexta-feira, 13 de maio de 2011
NANOCONTO
Cárcere
Tinha medo de voar. Por isso, aprisionava os sonhos e enjaulava a imaginação. Morreu poeta terreno, com poemas sem assobio.
(VFM)
Tinha medo de voar. Por isso, aprisionava os sonhos e enjaulava a imaginação. Morreu poeta terreno, com poemas sem assobio.
(VFM)
quinta-feira, 12 de maio de 2011
quarta-feira, 11 de maio de 2011
MICROCONTO
Cobertor
Carregava nos olhos um xale de lágrimas e cobria o corpo com um lençol d'água. Vestia-se de mar para amenizar o frio da dor.
Carregava nos olhos um xale de lágrimas e cobria o corpo com um lençol d'água. Vestia-se de mar para amenizar o frio da dor.
(VFM)
segunda-feira, 9 de maio de 2011
terça-feira, 3 de maio de 2011
Indumentária
A palavra amanhece na boca,
A palavra aquece os versos,
A palavra é da alma a roupa.
A palavra aquece os versos,
A palavra é da alma a roupa.
(VFM)
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Semiproverbial
Salve o pensamento popular! Salve Chico!
Quem espera nunca dança.
Quem espera não avança.
Quem espera sempre cansa.
Quem espera não avança.
Quem espera sempre cansa.
(vfm).
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Music Painting
Achei muito bonito este video que pega uma partitura e mistura música com reflexão sobre o planeta. Vale conferir!
MUSIC PAINTING - Glocal Sound - Matteo Negrin from Lab on Vimeo.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
terça-feira, 26 de abril de 2011
MINICONTO LÍRICO
Boa Noite
Ela disse: - Boa noite!
E me deixou largado de amores.
E como o perfume da Lua frente ao espetáculo matutino,
Ela, no aconchego do esquecimento, foi-se.
(VFM)
Ela disse: - Boa noite!
E me deixou largado de amores.
E como o perfume da Lua frente ao espetáculo matutino,
Ela, no aconchego do esquecimento, foi-se.
(VFM)
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Symmetry
Gosto muito do trabalho do Everynone. Já postei aqui antes o video Moments e Words. Este mantém o mesmo estilo. Lindo!
quarta-feira, 20 de abril de 2011
terça-feira, 19 de abril de 2011
Versos para uma nova Realengo
“Há uma saudade da vida/ porém tão perdida e vaga...”. São com esses versos colhidos de antigamente que, hoje, relembramos o presente. Naquele modesto colégio, na calma rua, estava aconchegada, in memorian, o legado de um poeta: Tasso da Silveira. No entanto, no dia 7 de abril de 2011, um triste poema acabou sendo escrito com sangue.
Após onze dias de visíveis lágrimas de luto, os alunos da escola de Realengo retornam às aulas. Arrastando suas dores pelos doze colegas e amigos perdidos, as diversas crianças sobreviventes vão ‘tentar’ reorganizar seus cadernos de estudos na sala onde se passou um filme de terror.
Mas, como trabalhar com esses jovens e restabelecer o ensino em um ambiente afetado por tamanha violência? Como tentar resgatar a atenção desses alunos marcadamente traumatizados? Cabe, sim, ao educador procurar amenizar os problemas (psicológicos) que o fatídico dia provocou. A reflexão sobre o ato monstruoso, o famigerado bullying, não basta para explicar o ocorrido. A questão vai além.
Após onze dias de visíveis lágrimas de luto, os alunos da escola de Realengo retornam às aulas. Arrastando suas dores pelos doze colegas e amigos perdidos, as diversas crianças sobreviventes vão ‘tentar’ reorganizar seus cadernos de estudos na sala onde se passou um filme de terror.
Mas, como trabalhar com esses jovens e restabelecer o ensino em um ambiente afetado por tamanha violência? Como tentar resgatar a atenção desses alunos marcadamente traumatizados? Cabe, sim, ao educador procurar amenizar os problemas (psicológicos) que o fatídico dia provocou. A reflexão sobre o ato monstruoso, o famigerado bullying, não basta para explicar o ocorrido. A questão vai além.
E para ajudar esses estudantes a compreenderem o que viveram, um dos pontos a ser revisitado é o processo educativo. O ensino-aprendizagem nesta escola deverá passar por uma readequação: não mais apenas as disciplinas tradicionais, mas conversas sobre aspectos filosóficos, religiosos, políticos, econômicos e sociais deverão fazer parte dessa nova realidade. Já é sabido que, no mundo povoado por novas configurações, uma instituição educacional não pode manter a mesma engessada metodologia. No caso desse trágico acontecimento, isso se torna ainda mais pulsante. O desafio das escolas e do próprio governo é de se pensar em outro modelo pedagógico para a educação, no qual o conhecimento seja construído também pelos alunos e a convivência entre todos se torne harmoniosa, utilizando um currículo flexível e multicultural, formando professores capacitados a trabalhar com o diferente. Em todo caso, algo precisa ser feito.
Agora, onze dias depois, possivelmente, o sinal da escola Tasso da Silveira não será mais uma poesia inocente para os infantes ouvidos, mas uma perturbadora lembrança, um grito de saudade. O que se aprendeu em um dia no colégio de Realengo será, definitivamente, um ensinamento para a vida inteira.
Quem sabe os versos do poeta possam finalmente prevalecer: “É preciso que se encha o mundo de doçura infinita”.
Agora, onze dias depois, possivelmente, o sinal da escola Tasso da Silveira não será mais uma poesia inocente para os infantes ouvidos, mas uma perturbadora lembrança, um grito de saudade. O que se aprendeu em um dia no colégio de Realengo será, definitivamente, um ensinamento para a vida inteira.
Quem sabe os versos do poeta possam finalmente prevalecer: “É preciso que se encha o mundo de doçura infinita”.
(VFM)
quinta-feira, 14 de abril de 2011
quarta-feira, 13 de abril de 2011
terça-feira, 12 de abril de 2011
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Poema
Quero descansar minha boca na tua,
Assim como a noite faz com a lua,
Que se abraça e ama e se estua.
Assim como a noite faz com a lua,
Que se abraça e ama e se estua.
(VFM)
quinta-feira, 7 de abril de 2011
terça-feira, 5 de abril de 2011
segunda-feira, 4 de abril de 2011
sexta-feira, 1 de abril de 2011
MICROCONTO
Guarda-roupa - Porque trocaste de vestido, ó Noite?! Não me encantas esta saia de Aurora.
(VFM)
Viliam
Gostei muito deste stop motion criado com recortes de papel e ilustrações. Viliam é um garoto que se refugia não apenas em sonhos, mas em seus próprios desenhos. A animação discute o dilema da busca da felicidade. Vale a pena!
Viliam from veronika obertova on Vimeo.
quinta-feira, 31 de março de 2011
Império
Descanse em minha boca,
Torna-me teu eterno leito,
Estou de portas abertas
Para teu exército de carícias.
Torna-me teu eterno leito,
Estou de portas abertas
Para teu exército de carícias.
(VFM)
quarta-feira, 30 de março de 2011
Dor
A dor, hoje, dorme ao meu lado.
Ela escuta, perscruta, meus sonhos
E não censura minhas lágrimas.
Todo homem a carrega consigo,
Este rasto de chuva em árvores,
Este tombo da noite no peito.
A dor é o vento que me despe
Em rio e me põe em tempestade.
A dor é contundente. Desértico
Nome. A dor limita o meu corpo,
Desampara a minha alma.
A dor é este meu silêncio,
Este sofrimento que só adormecerá
Com o tempo, aconchegado comigo.
(VFM)
segunda-feira, 28 de março de 2011
sexta-feira, 25 de março de 2011
quinta-feira, 24 de março de 2011
quarta-feira, 23 de março de 2011
O Fazendeiro do Ar
Um documentário de Fernando Sabino sobre o grande poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade. Salve!
Joy
Apesar do nome, a animação não contém nada de alegre. O vídeo em stop-motion lança uma reflexão sobre o impulso humano voltado à destruição. O Prazer de Destruir. Vale a pena assistir!
JOY OF DESTRUCTION from Xaver Xylophon on Vimeo.
terça-feira, 22 de março de 2011
segunda-feira, 21 de março de 2011
sexta-feira, 18 de março de 2011
quinta-feira, 17 de março de 2011
À deriva
Estes teus olhos espraiados, movediços,
Que não é de duna e nem de areia,
Carregam das espumas todos os viços,
O encanto singular de uma sereia.
Esta tua boca transitória, como veleiro,
Só sossega se já beijou o mar inteiro.
Tu és ilha? És uma sombra isolada?
És um barco que navega... e mais nada.
(VFM)
Que não é de duna e nem de areia,
Carregam das espumas todos os viços,
O encanto singular de uma sereia.
Esta tua boca transitória, como veleiro,
Só sossega se já beijou o mar inteiro.
Tu és ilha? És uma sombra isolada?
És um barco que navega... e mais nada.
(VFM)
quarta-feira, 16 de março de 2011
Gueixa
Eu guardo meu coração na rua,
Na poeira em que o sol me deixa,
Em todo rastro, toda luz, toda lua,
Fica do sentimento uma queixa.
Eu guardo meu coração na rua,
Na bagunça da tua madeixa,
Perdido na tua boca nua,
No teu amor de gueixa.
(VFM)
Na poeira em que o sol me deixa,
Em todo rastro, toda luz, toda lua,
Fica do sentimento uma queixa.
Eu guardo meu coração na rua,
Na bagunça da tua madeixa,
Perdido na tua boca nua,
No teu amor de gueixa.
(VFM)
terça-feira, 15 de março de 2011
segunda-feira, 14 de março de 2011
QUADRA
Pelo dia Nacional da Poesia
Quanto pesa a sua vida?
Dizem alguns: - São anos!
De acertos e enganos
Cada um tem sua medida.
(VFM)
sexta-feira, 11 de março de 2011
O Poeta do Castelo
Documentário SENSACIONAL sobre Manuel Bandeira (com a participação do próprio vate). Uma raridade!
quinta-feira, 10 de março de 2011
One Minute Puberty
Bem legal esta animação que conta em um minuto a trajetória da puberdade do homem. Vale a pena assistir!
One Minute Puberty from bitteschön.tv on Vimeo.
The Saga of Biorn
A história de um guerreiro Viking a procura de uma luta.
The Saga Of Biorn from The Animation Workshop on Vimeo.
sexta-feira, 4 de março de 2011
quinta-feira, 3 de março de 2011
MICROCONTO
Trambique*
Pediu 2 versos fiado. Pagou no fim do mês com um ditado popular.
(VFM)
*Com colaboração de Tiago Moralles
quarta-feira, 2 de março de 2011
terça-feira, 1 de março de 2011
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Crônica no Tribuna Lagoana
Saudade
In memorian de Débora e Gelmar
É nestes momentos solitários que ela me acompanha. Nunca sei se Saudade nasceu livre para tilintar seu canto pelo mundo a fora, ou se brotou presa, guardada nas grades do nosso peito.
Quando menino, minha mãe me disse que a gente já vem com ela agarrada na alma. E para eu aprender desde cedo, minha mãe apressou em me dar a palavra, o objeto, o ser, que logo denominei de Saudade.
Enquanto eu ia vivendo, aprendia a importância que ela tem para mim, acho que para todos. Saudade canta diariamente, sempre, só com o intuito de sabermos da sua existência, sua presença eterna. A vida, para mim, é feita de Saudade. Todas as coisas no mundo fabricam minha companheira. Já é bem dito: Sapo pula para ter saudade momentânea do chão. Ou: Alma tem saudade do voo. E por aí segue...
Ninguém vive sem. Não tem como esquecê-la. A Saudade sobrevive com o alpiste que colhemos na vida, e, também, desperdiçamos. Ela tem, apesar de forçosamente negada, sua liberdade interior.
Saudade aparece quando menos se espera. Melhor, surge como chuva. Cai abençoando nossa memória, misturando-se com nossas lágrimas e recordações. Saudade, creio, consegue encompridar as horas e o pranto. Costura-se muita dor com sua água. Faz-se dela um lençol de rio.
Adquiri com o tempo mais e mais Saudade. Sou povoado de Saudade. Ela, irrequieta, vem pulando nos meus galhos, montando meus dias de cerimônias alegres. Porém, certo dia, eis que a encontro caída do cabide dos meus olhos. Murmurei. Choraminguei. Chamei-a. Nada... Na sua gaiola quem batia asas era o silêncio.
Gritei minha mãe para socorrer. Quando ela chegou, sua frase pairou no ar:
- Saudade foi alimentar os anjos.
O silêncio pingou na minha boca. Tinha entendido tudo. Quedei, por um momento, mudo.
Saudade, meu pássaro de estimação, meu canário da esperança, alçou voo e foi se espraiar no céu seus en-cantos.
A partir daquele dia, descobri, definitivamente, o real significado do sentimento por aquela ave; a dor da palavra.
Embora ela tenha partido, Saudade me visita constantemente. Sou sua árvore. Pois, do que adianta o voo sem o pousar? Saudade fez um ninho com os farrapos da minha lembrança.
E assim sigo... E que Saudade...
(VFM)
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Frase
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Cliché
Uma animação sobre o pensamento que "temos" da França de uma forma bem humorada e sardônica. Muito Legal!
REVERSE
Um curta que conta a história de vida do homem em 5 segundos. Bacana!
5 Second Project - Reverse from Ross Phillips on Vimeo.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
LAPSUS
LAPSUS é um curta bem humorado do argentino Juan Pablo Zaramella que mostra o que acontece com uma freira após atravessar para o Lado Sombrio. Vale a pena assistir.
LAPSUS from Juan Pablo Zaramella on Vimeo.
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