A uma mulher
Para Vinícius de Moraes
Na concha do olvido
Alguns uivos de água
Pelo teu corpo doce.
Dorme em ti a mulher
Úmida de sentimentos,
Com o ofício de mares
E tristes olhos de poço.
Quando nela se inflama
O vento de memórias
Numa verdade sublime,
Envolto no que perdi,
Esta mulher com raízes
Para iluminar o nada,
Atravessa o poema,
Transpirando areia,
Com os pés feridos
De amarga eternidade.
(VFM)
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