quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

CHRONOS


"A eternidade anda apaixonada pelas obras do tempo" (William Blake)

O tempo. O que é o tempo senão este desgaste do vazio
carregado por nossas mãos no irreparável desperdício.
O tempo. Esta provocação escandindo a nossa queda,
esta rebelião consagrada e maldita de nós mesmos. 
O tempo é a pura diversão anônima, que altera
irrecuperavelmente nosso juízo e pula em nossa distração.
O tempo é um parasita descarnado a desterrar o sonho da sociedade.
É a marca do princípio e fim em números que, por tolice, aceitamos
como eternos guardiões do cárcere da vida.
O homem é a condenação do mundo em seu tempo.

(VFM)

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