segunda-feira, 27 de abril de 2015

TOC-TOC


A Poesia não bate a porta.
A Poesia entra com a sutileza
Terrível de uma profecia familiar
Ou como um vizinho que se
Incomoda com um verso suicida
Que grita paralítico no papel.
A Poesia não bate a porta.
A Poesia é o inquilino envenenado
Que nunca limpa os pés.
Entra sempre embalsamada de
Abismos. Não paga aluguel e
Bombardeia o necessário.
(VFM)

Nenhum comentário:

Postar um comentário