terça-feira, 13 de outubro de 2015

DECOTE


Pipilante o decote, primeiro prazer dos olhos que aceitam com delícias cair naquele abismo. Aquelas duas taças servindo a você um brinde róseo e rígido e ereto, doce pudim sem sutiã. Mordiscava a juventude aquela fruta? Pássaros frenéticos montavam ninhos naqueles dois vulcões? Algum poeta entontecido afiava o ferrão de um verso? Quem não chuparia? Eu me ofereço. Eu me descerro em teus seios. Duas suplicantes cornucópias cheias de palavrões amorosos. Ahhhh! Aquele decote... Cadeia montanhosa e erógena. Qual porto desembarco minha língua inflando as velas das auréolas? Biquinhos afrodisíacos em flor, entumecidos. Simplesmente um par de carícias prontinho a aceitar ordens. Qual é maior? Perco-me diante desse farol de luz lasciva. Teus seios: Vertigens e palpitações. Duras brasas da violação. Com as mãos em conchas peço que derrame teu leite e prêmio. Ahhhh! Teus seios rendidos, em suspiros, diante do meu batalhão de beijos. Quero romper esses mil véus do orgasmo e do delírio. Voe rasante e se despetale. 

Mas, infelizmente, eles não se mexem e não piscam pra mim. Maldito decote. Terrível odalisca. Que suplício!!!!
(VFM)

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