terça-feira, 2 de fevereiro de 2016


Cuidava das lágrimas no seio pluvial dos olhos.
Medicava o silêncio cobrindo de nuvens a lembrança do espelho morto,
Que ainda, maduro, refletia as dores do seu rosto.
Para cada gota um sintoma derramado na ventania.
No azulejo das mãos a sombra do pranto transparecia
a sede opaca.
E antes de fechar em trevas o olhar do infinito, deixo a
Lágrima mais doente, curvada na sua mortalidade ácida,
Atravessar a íntima fatuidade do teu destino.

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