quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Em 1 maço


O cigarro era o sinaleiro naquela noite.
O pensamento seguia no ritmo das tragadas,
Enquanto o gosto do teu nome não saía
Dá minha boca nesses prazeres futuros.
O coração se esfumaçava diante dos vultos e vontades.
Quando me perguntavam de você eu entregava
O meu sorriso amarelo, o pigarro melodioso
E o bafo insone dos desiludidos.
Foi difícil apagar o último momento logo no começo do outro dia.
Os olhos foram embora pra casa tossindo
O amargor daquela história.
Os dedos ardiam ao tocar na porta que você tantas vezes entrou e logo saiu.
O dinheiro já não dá mais para outra angústia.
A casa permanece empestada com a pergunta que você deixou:
- Isso é vida?

(VFM)

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